Glossário da Aviação
Imagem para a composição sob licença: Creative Commons CC0 / Arte: Riscando os Céus
Glossário da aviação completo e atualizado!
A
AIRAC - Regulamentação e Controle de Informação Aeronáutica
AIRAC - Regulamentação e Controle de Informação Aeronáutica
Calendário internacional e permanente, estabelecido pela OACI - Organização de Aviação Civil Internacional, que fixa as datas para a divulgação antecipada de dados sobre situações ou mudanças relacionadas com aeroportos e a infraestrutura da navegação aérea ou sobre novos procedimentos, tais como o emprego do GPS. O calendário é definido por ciclos de 28 dias, instituídos com a finalidade de divulgar com suficiente antecedência a nova informação.
Alfabeto Fonético
O alfabeto fonético internacional se destina a padronizar o processo de soletrar certas expressões com o objetivo de prevenir qualquer possibilidade de equívoco no entendimento. Este alfabeto para fins aeronáuticos encontra-se normatizado pela OACI - Organização de Aviação Civil Internacional e pela legislação brasileira, de acordo com a seguinte correspondência:
A - Alfa
B - Bravo
C - Charlie
D - Delta
E - Echo
F - Foxtrot
G - Golf
H - Hotel
I - India
J - Juliett
K - Kilo
L - Lima
M - Mike
N - November
O - Oscar
P - Papa
Q - Quebec
R - Romeo
S - Sierra
T - Tango
U - Uniform
V - Victor
W - Whiskey
X - X-Ray
Y -Yankee
Z - Zulu
ALS - Sistema de Luzes de Aproximação
Sistema de luzes coloridas ou piscantes que define claramente a pista e a zona de pouso, auxiliando a transição de voo por instrumentos para o voo com referências visuais no procedimento de aproximação para o pouso. Facilita, também, o pouso noturno.
Altímetro
Instrumento de bordo das aeronaves que, por meio da medida estática da pressão do ar atmosférico, indica a altitude da aeronave. O altímetro é calibrado em conformidade com o modelo internacional padronizado de pressão atmosférica e temperatura. (João Paulo Moralez)
ALTN - Aeródromo de Alternativa
Aeródromo para o qual uma aeronave poderá prosseguir quando for impossível ou desaconselhável dirigir-se para efetuar o pouso no aeródromo de destino previsto.
AMSL - Acima do Nível Médio do Mar
Distância vertical (altura ou altitude) de um ponto em relação ao nível médio do mar.
ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil
Autarquia vinculada ao Ministério da Defesa que tem como atribuições a regulação e a fiscalização das atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária. Sua atuação abrange tudo o que é relacionado ao setor aéreo, à exceção da investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos (atribuição do CENIPA) e do espaço aéreo, cujo controle ficou mantido sob responsabilidade do Comando da Aeronáutica, através do SISCEAB.
ANB - Agência de Navegação Aérea
Agência da OACI - Organização de Aviação Civil Internacional responsável pelo desenvolvimento de estudos técnicos relativos à navegação aérea, a partir dos quais emite recomendações sobre a legislação para a segurança, regularidade e eficiência da navegação aérea internacional.
ANC - Comissão de Navegação Aérea
É o principal organismo que assiste ao Conselho da OACI - Organização de Aviação Civil Internacional nos assuntos técnicos de aviação, visando à elaboração e adoção de normas e métodos recomendados (SARPs) e sua inclusão nos anexos ao convênio de Aviação Civil Internacional.
AOC - Controle Operacional Aeronáutico
Funcionalidade ou aplicativo estabelecido para a comunicação de uma aeronave com o setor operacional da empresa aérea ou prestadores de serviços de apoio em solo.
O mesmo acrônimo, no contexto de cartas aeronáuticas, tem o significado de "Carta de Obstáculos em Aeródromo" (Aerodrome Obstacle Chart).
AP - Aeroporto
Todo aeródromo público dotado de instalações e facilidades para apoio às operações de aeronaves e de embarque e desembarque de pessoas e cargas.
APP - Centro de Controle de Aproximação
É um órgão operacional de controle de tráfego aéreo encarregado de prestar os serviços requeridos pelas aeronaves partindo e chegando nos aeroportos situados em uma área de controle terminal (TMA). Foto: Vista parcial do APP São Paulo.
Aproximação Estabilizada
Procedimento e técnica de voo que visam assegurar que a aproximação e a descida final para pouso sejam efetuadas em conformidade com a trajetória de voo pretendida e sem a necessidade de manobras excessivas, tais como curvas bruscas ou mudanças repentinas na razão de descida já nas proximidades da pista de pouso. Nestes casos, ocorrendo a "desestabilização", uma arremetida deverá ser executada.
ARP - Ponto de Referência de Aeródromo
Ponto designado de localização geográfica do aeródromo.
ARTCC - Centro de Controle de Tráfego Aéreo em Rota
Designação dada aos Centros de Controle de Área (ACC) nos Estados Unidos da América. Atualmente, existem 22 ARTCC destinados ao controle dos voos em rota no espaço aéreo sob responsabilidade dos EUA.
ASDI - Disponibilização para a Indústria da Apresentação da Situação Aérea
Informações relacionadas com o plano de voo de uma aeronave, com ou sem atualização pelo sistema de vigilância do controle de tráfego aéreo (posicionamento e dados de voo), as quais são disponibilizadas às empresas aéreas e outras entidades interessadas, com o objetivo de permitir um monitoramento mais efetivo da evolução das mesmas em relação a suas programações de voo.
ASTERIX - Protocolo Estruturado para o Intercâmbio de Informações do Sistema de Vigilância de Tráfego Aéreo
É um protocolo padrão desenvolvido pela Eurocontrol que define o conjunto e a forma dos dados gerados por radar primário, radar secundário e outros sistemas de vigilância para facilitar a transmissão, recepção e apresentação dos dados de vigilância nos sistemas de controle de tráfego aéreo.
ATAERO - Adicional de Tarifas Aeronáuticas
Percentual das tarifas cobradas nos embarques domésticos e internacionais e das tarifas relativas ao uso dos auxílios à navegação aérea e das telecomunicações. Os recursos arrecadados são aplicados na melhoria da infraestrutura aeroportuária. Há vários anos, porém, se tem discutido sobre a conveniência da extinção desta cobrança.
ATC - Controle de Tráfego Aéreo
Serviços prestados pelos órgãos de controle de tráfego aéreo com o objetivo de promover a segurança, o ordenamento, a eficiência e a economicidade das operações aéreas. Assim, visam prevenir colisões entre aeronaves, entre aeronaves e obstáculos na área de manobras, além de acelerar e manter ordenado o fluxo de tráfego aéreo.
ATCO - Controlador de Tráfego Aéreo
É o profissional encarregado de controlar - isto é, manter seguro, ordenado e rápido - o tráfego de aeronaves no espaço aéreo e nos aeroportos. Trabalha emitindo autorizações aos pilotos, ou seja, dando instruções e informações necessárias dentro do espaço aéreo sob sua jurisdição, com o objetivo de prevenir colisões entre as aeronaves e entre aeronaves e obstáculos nas imediações dos aeroportos.
ATCRBS - Sistema de Informações de Radar de Controle de Tráfego Aéreo
Sigla instituída pela FAA dos Estados Unidos da América para se referir ao sistema de radar utilizado para melhorar a informação de posicionamento de uma aeronave a partir do processamento das informações proporcionadas pelos radares de vigilância secundários.
ATFM - Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo
Um dos segmentos do gerenciamento de tráfego aéreo que visa assegurar que a capacidade dos órgãos ATC seja plenamente utilizada, com o intuito de garantir um fluxo de tráfego aéreo seguro, ordenado e rápido e, simultaneamente, assegurar que a capacidade declarada do sistema de controle de tráfego aéreo jamais seja ultrapassada.
ATIS - Serviço Automático de Informação Terminal
Provisão automática, para aeronaves que chegam e para as que partem, de informações atualizadas e de uso comum, tais como nome do aeródromo a que se refere a informação, a pista em uso e suas condições e características de frenagem, eventuais atrasos esperados, visibilidade, teto e condições meteorológicas presentes. O ATIS é um serviço disponível nos principais aeródromos durante as 24 horas do dia (ou parte desse tempo em alguns casos onde a operação não é contínua) mediante radiodifusão repetitiva ou por meio de enlace de dados. Além de facilitar ao piloto o acesso às informações, evita sobrecarregar o controlador de tráfego aéreo que, na eventual inexistência do ATIS, se veria obrigado a transmitir as correspondentes informações, individualmente, a cada avião sob seu controle.
ATM - Gerenciamento de Tráfego Aéreo
É a gestão dinâmica e integrada do tráfego aéreo e do espaço aéreo, que ocorre de forma segura, econômica e eficiente e que se concretiza mediante o fornecimento de instalações e serviços, sem limites perceptíveis, entre os seus componentes e em colaboração com todas as partes.
ATN - Rede de Telecomunicações Aeronáuticas
É uma nova arquitetura de sistemas de comunicação desenvolvida pela OACI - Organização de Aviação Civil Internacional, com o objetivo de oferecer maior capacidade para satisfazer as necessidades de comunicações do setor aéreo. Vários enlaces de dados aeroterrestres serão integrados através da ATN, com base na arquitetura de interconexão de sistemas abertos (OSI - Open System Interconnection). Em seu estágio avançado, a ATN proverá conectividade global e qualidade requerida de serviços para transmissão e recepção de todas as mensagens aeronáuticas, inclusive as comunicações de passageiros a bordo das aeronaves.
ATS - Serviços de Tráfego Aéreo
Os serviços de tráfego aéreo incluem as atividades de informação de voo, alerta, assessoramento de tráfego aéreo, controle de tráfego aéreo (controle de área, controle de aproximação ou controle de aeródromo). O Comando da Aeronáutica, para fins de prestação dos serviços de tráfego aéreo no Brasil, segue as normas e métodos recomendados pela OACI - Organização de Aviação Civil Internacional, ressalvadas as restrições ou modificações apresentadas pelo governo brasileiro sob a forma de "diferenças" a tais normas e métodos.
AVGAS - Gasolina de Aviação
Combustível de alta octanagem usado em aviação (normalmente nos motores a explosão dos aviões a hélice, pois os motores turboélice e a jato usam como combustível o querosene - QAV/JET).
AWY - Aerovia
Área de controle, ou parte dela, estabelecida em forma de corredor. As aerovias são, normalmente, utilizadas para o voo das aeronaves em rota entre o aeroporto de origem e o de destino.
AAC - Comunicações Aeronáuticas Administrativas
Comunicações não relacionadas com a segurança operacional, mas necessárias para o melhor funcionamento das atividades da aeronáutica civil, abrangendo finalidades logísticas e de apoio, tais como registros de voo, solicitações de atendimento especial, alojamento, transporte terrestre e demais comunicações requeridas para a eficiência da operação total do voo.
AAR - Razão de Aceitação em Aeroporto
É o número de pousos que podem ser realizados em um aeroporto em um determinado intervalo de tempo (em princípio, de uma hora), com a separação mínima entre as aeronaves necessária para manter adequada segurança operacional. O número é obtido levando-se em consideração também a infraestrutura aeroportuária disponível (pistas, pátio de estacionamento, recursos de desembarque e esteiras de bagagem, entre outros).
ABAG - Associação Brasileira de Aviação Geral
Sistema de comunicação através de dados, implementado a partir de 1978 para transmissão de mensagens técnicas e operacionais entre uma aeronave e uma estação de solo, ou vice-versa, proporcionando grande melhoria em relação à transmissão dessas mensagens através de voz. Atualmente apresenta sérias limitações técnicas e deve ser, gradativamente, substituído por enlaces digitais mais modernos.
ACAS - Sistema Anticolisão de Bordo
Mais conhecido como TCAS, é a sigla estabelecida pela OACI - Organização de Aviação Civil Internacional para o sistema que mostra ao piloto de um avião a posição relativa de outra aeronave voando nas proximidades, sempre que esta estiver com o transponder em funcionamento. Em caso de ameaça de colisão, o sistema indicará, de forma visual e sonora, uma manobra de subida ou descida, necessária para evitar a colisão. Os sistemas dos aviões se comunicam de tal maneira que, se um avião recebe ordem para subir, o outro receberá para descer ou manter o nível. O ACAS I fornece informações de auxílio às manobras de "ver e evitar", gerando avisos de tráfego (TA), que apenas informam sobre a localização de um ou mais aviões na mesma área. Porém, não inclui a capacidade de gerar avisos de resolução (RA). O ACAS II fornece os avisos de resolução (RA) verticais, indicando ao piloto a necessidade de iniciar uma manobra de subida ou descida para evitar uma colisão iminente, além dos avisos de tráfego (TA). Os sistemas ACAS/TCAS, atualmente, ainda não são capazes de indicar manobras evasivas do tipo curva à direita ou à esquerda, em virtude da complexidade de se avaliar, automaticamente, o impacto que isto traria para os voos em rotas adjacentes.
ACC - Centro de Controle de Área
Órgão estabelecido pelo provedor de serviços de navegação aérea de um país (DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo, no caso brasileiro) para prestar serviço de controle de tráfego aéreo aos voos controlados nas áreas de controle sob sua jurisdição. A área de atuação de um ACC abrange, em síntese, o espaço aéreo destinado ao voo em rota das aeronaves. No Brasil existem cinco desses centros, localizados em Brasília, Curitiba, Manaus e Recife, sendo que a capital pernambucana abriga dois ACC: um responsável pelo espaço aéreo sobre a região continental do Nordeste e o outro encarregado de todo o espaço aéreo oceânico sob responsabilidade brasileira.
Acelerômetro
É um sensor capaz de medir ou efetuar medições do movimento de um objeto a partir do seu estado de repouso. No caso dos sistemas de navegação inercial (INS), sensores desse tipo medem a aceleração verificada nos três eixos - X, Y e Z - da aeronave equipada com INS, para processamento pelo computador do sistema.
Acidente Aeronáutico
É toda ocorrência relacionada com a operação de uma aeronave no período entre o embarque do passageiro, com a intenção de realizar um voo, até o momento em que todas as pessoas tenham dela desembarcado e, durante o qual, pelo menos uma das situações abaixo ocorra:
a) Qualquer pessoa sofra lesão grave ou morra em decorrência de sua presença na aeronave, em contato direto com qualquer de suas partes, incluindo aquelas que dela tenham se desprendido, ou submetido à exposição direta do sopro de hélice, rotor ou escapamento de jato, ou às suas consequências. Exceção é feita quando as lesões resultarem de causas naturais, forem auto ou por terceiros infligidas, ou forem causadas a pessoas que embarcaram clandestinamente e se acomodaram em área que não as destinadas aos passageiros ou aos tripulantes.
b) A aeronave sofra dano ou falha estrutural que afete adversamente a resistência estrutural, o seu desempenho ou as suas características de voo ou, ainda, se exigir a substituição de grandes componentes ou a realização de grandes reparos no componente afetado. Exceção é feita para falha ou danos limitados ao motor, carenagens, seus acessórios, hélices, pontas de asas, antenas, pneus, freios, ou pequenos amassamentos ou perfurações no revestimento da aeronave.
c) A aeronave seja considerada desaparecida ou o local onde se encontra seja absolutamente inacessível.
ACM - Modelo de Capacidade de Aeroporto
Modelo computacional analítico que calcula a máxima capacidade de uma pista de pouso para utilização sequencial de pousos e decolagens. Esta capacidade é definida para períodos de 60 minutos e baseia-se no tipo de configuração utilizada, bem como nos procedimentos operacionais praticados naquele aeródromo.
ACN-PCN - Número de Classificação de Aeronave
ACN é o número que expressa o efeito relativo de uma aeronave com uma determinada carga sobre um pavimento. PCN é o número que indica a resistência de um pavimento para operações sem restrições de uma aeronave. São termos geralmente utilizados em conjunto para notificar o peso máximo admissível (peso máximo de decolagem) da aeronave em função da resistência dos pisos de um aeródromo.
AD ou ADRM - Aeródromo
Área definida sobre a terra ou água destinada à chegada, partida ou movimentação de aeronaves.
ADC - Carta de Aeródromo
Carta destinada a prover os tripulantes com informações que facilitem a movimentação da sua respectiva aeronave na superfície de um aeródromo, incluindo detalhes sobre o deslocamento desde o estacionamento até a pista, e vice-versa, além de dados como a identificação das pistas, dos pátios de estacionamento, da elevação do aeródromo e suas coordenadas geográficas, em graus, minutos e segundos.
ADS - Vigilância Dependente Automática
Tecnologia que permite ao sistema a bordo da aeronave, por meio de um enlace de dados (datalink), fornecer ao sistema de solo, automaticamente e com certa frequência, informações sobre a posição, altitude e velocidade da aeronave, além de outros dados de interesse. O processamento desses dados permite apresentar o posicionamento da aeronave em uma tela similar à do sistema de radar.
ADS-B - Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão
É a versão de ADS na qual o sistema de bordo das aeronaves transmite as informações do sistema de navegação de forma automática, de tal forma que podem ser captadas por qualquer aeronave equipada ou por outro receptor no raio de alcance da transmissão. A frequência dos informes pode chegar a uma ou mais de uma mensagem ADS-B por segundo. ADS-B se destina a complementar e, eventualmente, substituir com vantagem a vigilância por meio de radares secundários.
ADS-C - Vigilância Dependente Automática por Contrato
Sistema em que o equipamento a bordo das aeronaves transmite, automaticamente, informações do sistema de navegação para o sistema instalado em terra por meio de um enlace de dados (datalink) e em conformidade com certas regras (contrato) quanto à periodicidade das transmissões e conteúdo das informações. Essas informações são apresentadas ao controlador de tráfego aéreo de forma semelhante aos dados obtidos pelo radar. O emprego da ADS-C se dá, em princípio, em áreas oceânicas e em áreas continentais remotas onde a instalação de radares seria inviável devido a custos ou aspectos técnicos.
Aeródromo Civil
Aeródromo destinado, em princípio, ao uso de aeronaves civis.
Aeródromo Privado
Aeródromo civil que só poderá ser utilizado com permissão de seu proprietário, ressalvados os casos de aeronaves que apresentarem defeitos em voo ou encontrarem condições meteorológicas adversas na rota. No caso de aeródromos privados abertos ao tráfego público, poderão ser explorados comercialmente desde que obedecidas as prescrições legais emitidas pela ANAC.
Aeródromo Público
Aeródromo civil que poderá ser utilizado por aeronaves em geral, em caráter comercial ou não, desde que observadas as características físicas e operacionais do aeródromo. O aeródromo se diferencia de aeroporto pelo fato de não estar dotado de instalações mais adequadas para dar suporte aos passageiros e serviços de carga aérea.
Aeroporto Coordenado
Aeroporto sob monitoração do serviço de gerenciamento de fluxo de tráfego aéreo ou outra entidade (por exemplo, a ANAC), diante da expectativa de que a demanda de tráfego aéreo seja superior à capacidade. Neste caso, todas as operações de pouso e decolagem estarão condicionadas à obtenção de slot (definido mais adiante). Pelas regras da ANAC, um aeroporto passará ao estado "coordenado" quando a demanda de tráfego aéreo atingir os limites da capacidade por um período de três horas ou mais, ao longo de um dia típico.
AES - Estação Terrestre de Aeronave
Estação localizada a bordo das aeronaves destinada ao estabelecimento de comunicações via satélite. Denomina-se "terrestre" qualquer estação receptora de telecomunicações satelitais instalada em local que não seja o próprio satélite, incluindo, por exemplo, as estações em terra (GES - Ground Earth Station) e as estações a bordo de aviões - AES.
AFIL - Plano de Voo Apresentado em Voo
Notificação transmitida pelo piloto via radiofrequência contendo informações relacionadas com o planejamento do voo, cujos dados serão utilizados para a prestação dos serviços de controle de tráfego aéreo.
AFTN - Rede Fixa de Telecomunicações Aeronáuticas
Sistema completo e mundial de telecomunicações por meio de circuitos fixos aeronáuticos, implementado para o intercâmbio de mensagens e/ou dados alfanuméricos entre estações fixas aeronáuticas que possuem características de comunicação idênticas ou compatíveis. Atualmente, encontra-se em fase de transição para a ATN - Rede de Telecomunicações Aeronáuticas.
AGL - Acima do Nível do Solo
Distância vertical (altura) de um ponto medido em relação ao solo.
AIAB - Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil
É a entidade nacional de classe, sem fins lucrativos, que congrega e representa as empresas brasileiras do setor aeroespacial, com a finalidade de promover e defender seus interesses e objetivos comuns tanto no país como no exterior.
AIC - Circular de Informação Aeronáutica
Informação aeronáutica de natureza permanente ou de longa duração, contendo informações relativas à legislação, regulamento, procedimentos, facilidades, aspectos técnicos e administrativos. No Brasil, as AIC são publicadas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo e podem ser acessadas pelo respectivo site na internet (www.decea.gov.br).
AIM - Gestão da Informação Aeronáutica
Termo que identifica a evolução do AIS - Serviço de Informação Aeronáutica, com o objetivo de melhorar a qualidade e a integridade das informações necessárias para a segurança e eficiência das operações aéreas.
AIP - Publicação de Informação Aeronáutica
Documento publicado pela administração aeronáutica de um país, ou mediante sua autorização, que contém informação aeronáutica de caráter duradouro, indispensável à navegação aérea. Exemplo: informação detalhada sobre os aeroportos e o espaço aéreo do país, a forma como são prestados os serviços de tráfego aéreo e de meteorologia aeronáutica, as exigências alfandegárias e migratórias, etc. Inclui, ainda, informação sobre as eventuais "diferenças" da legislação e dos procedimentos aeronáuticos daquele país em relação às normas e métodos recomendados publicados pela OACI - Organização de Aviação Civil Internacional.
B
BCST - Radiodifusão
Divulgação por meio de ondas eletromagnéticas (rádio) de informações de interesse, que podem ser captadas por qualquer receptor sintonizado na frequência correspondente.
BKN - Céu Nublado
Situação meteorológica em que entre 5 a 7 oitavos (5/8 a 7/8) do céu estão cobertos de nuvens.
C
CACI - Convenção de Aviação Civil Internacional
Elaborada durante a Conferência de Chicago de 1944, que reuniu delegados de 54 países, inclusive do Brasil. Estabeleceu as bases do Direito Aeronáutico Internacional até hoje em vigor. Também instituiu os Acordos Bilaterais de Transporte Aéreo entre Estados e determinou a criação da OACI - Organização de Aviação Civil Internacional. O texto autêntico do convênio é publicado pela OACI no documento de número 7300, sendo complementado por 18 anexos que estabelecem as normas e métodos recomendados para a aviação civil internacional e que tratam dos seguintes aspectos:
- Anexo 1 - Licenças de Pessoal
- Anexo 2 - Regras do Ar
- Anexo 3 - Serviço Meteorológico para a Navegação Aérea Internacional
- Anexo 4 - Cartas Aeronáuticas
- Anexo 5 - Unidades de Medida a Serem Usadas nas Operações Aéreas e Terrestres
- Anexo 6 - Operação de Aeronaves
- Anexo 7 - Marcas de Nacionalidade e de Matrícula de Aeronaves
- Anexo 8 - Aeronavegabilidade
- Anexo 9 - Facilitação
- Anexo 10 - Telecomunicações Aeronáuticas
- Anexo 11 - Serviços de Tráfego Aéreo
- Anexo 12 - Busca e Salvamento
- Anexo 13 - Investigação de Acidentes de Aviação
- Anexo 14 - Aeroportos
- Anexo 15 - Serviços de Informação Aeronáutica
- Anexo 16 - Proteção ao Meio Ambiente
- Anexo 17 - Segurança: Proteção da Aviação Civil Internacional Contra Atos de Interferência Ilícita
- Anexo 18 - Transporte de Mercadorias Perigosas
Capacidade Aeroportuária
Representa a capacidade da administração aeroportuária de prover serviços adequados às aeronaves que estão operando em condições normais no aeroporto. Essa capacidade é expressa como o número máximo de operações aéreas suportadas em um determinado aeroporto, em um dado período de tempo, levando em conta a infraestrutura aeroportuária instalada.
Capacidade ATC
Representa a capacidade do órgão de controle de tráfego aéreo de prover serviços, em condições normais, para as aeronaves, sendo expressa como o número máximo de aeronaves que podem operar simultaneamente e com segurança em determinada porção de espaço aéreo. É um número variável e, para o seu cálculo, devem ser consideradas as condições meteorológicas, a configuração do órgão de controle de tráfego aéreo, o pessoal e os equipamentos disponíveis, bem como quaisquer outros fatores que possam afetar a carga de trabalho do controlador de tráfego aéreo responsável pelo espaço aéreo.
CAT - Turbulência de Ar (ou Céu) Claro
Fenômeno meteorológico associado à "corrente de jato", podendo manifestar-se em vários graus de intensidade de turbulência. Como pode ocorrer sem a presença de nuvens, costuma surpreender o aeronavegante desatento às informações do serviço de meteorologia aeronáutica.O mesmo acrônimo, se relacionado a procedimentos de aproximação por instrumentos de precisão, terá o significado de "categoria".
CAVOK - Teto e Visibilidade OK
Expressão que significa que prevalece uma visibilidade de 10km ou mais, com nenhuma nuvem existente abaixo de 1.500 metros (ou, em certos casos, abaixo do setor de espaço aéreo mais alto do aeródromo, o que for maior), ausência de nuvens do tipo CB e de qualquer fenômeno de tempo significativo para a aviação.
CB - Cúmulo-nimbo
Nuvem de forte desenvolvimento vertical, comumente associada a graus severos de turbulência e correntes de ventos, sendo, portanto, motivo de preocupação para o aeronavegante. O cúmulo-nimbo, quando em seu estágio mais intenso, apresenta grande perigo para a aviação devido à ocorrência de pancadas de chuva, às vezes acompanhadas de granizo, além de correntes descendentes, turbulência e rajadas severas. Nuvens deste tipo são facilmente detectadas pelo radar meteorológico de bordo das aeronaves, com suficiente antecedência para permitir manobras de desvio.
CDM - Tomada de Decisão Colaborativa
Grupo de aplicativos e práticas que visam melhorar as operações de voo mediante o crescente envolvimento dos operadores de aeronaves e dos aeroportos no processo de gerenciamento de tráfego aéreo.
CFIT - Colisão com o Solo em Voo Controlado
Característica de um acidente aeronáutico em que uma aeronave, embora aparentemente em voo normal, com plena aeronavegabilidade e com os motores e todos os sistemas do avião ainda em perfeito funcionamento, acaba colidindo com o terreno. Em geral, este tipo de acidente ocorre durante a fase de descida para o pouso e tem como principal fator contribuinte o incorreto conhecimento, por parte do piloto, da real situação de sua aeronave em relação ao solo ou a obstáculos no terreno.
CFMU - Unidade Central de Gerenciamento de Fluxo
Unidade operacional da Eurocontrol responsável pela normatização e centralização das atividades de gerenciamento de fluxo de tráfego aéreo na Europa, com o objetivo de evitar congestionamentos, permitir o uso mais eficiente da capacidade da infraestrutura aeronáutica e contribuir para a manutenção da segurança operacional no tráfego aéreo. A CFMU está instalada nas proximidades do aeroporto de Bruxelas, na Bélgica.
CINDACTA - Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
Elo permanente do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB) e do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA). Está encarregado de prestar os serviços de gerenciamento de tráfego aéreo, defesa aérea, informações aeronáuticas, meteorologia aeronáutica, telecomunicações aeronáuticas e busca e salvamento, em suas respectivas áreas de responsabilidade. Existem quatro CINDACTA, sendo o I com sede em Brasília, o II em Curitiba, o III em Recife e o IV em Manaus.
Organização do Comando da Aeronáutica que tem por objetivo identificar tecnologias e/ou equipamentos, bem como realizar aquisições, desapropriações, construções, instalações elétricas e atividades decorrentes e correlatas, necessárias à implantação de um determinado sistema no âmbito do SISCEAB - Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. As instalações da CISCEA estão localizadas na área do Aeroporto Santos-Dumont, no Rio de Janeiro.
CLR - Autorização de Controle de Tráfego Aéreo
Autorização para que uma aeronave proceda de acordo com as condições especificadas por um órgão de controle de tráfego aéreo.
CLRD - Posição Operacional Autorização de Tráfego
Posição da torre de controle de aeródromo, com frequência específica, destinada a retransmitir às aeronaves a autorização de controle de tráfego aéreo recebida do órgão de controle responsável pela respectiva região de informação de voo - FIR (em geral, o ACC da área).
CNS/ATM - Comunicações, Navegação, Vigilância
É o conceito adotado desde 1991 para o novo sistema de comunicações, navegação, vigilância e gerenciamento do tráfego aéreo. É apoiado em tecnologias digitais, sistemas de base terrestre e satelital e avançados níveis de automação, requeridos para proporcionar uma gestão de tráfego aéreo mundialmente eficaz, segura e harmonizada. O sistema CNS/ATM faz uso das tecnologias mais recentes e permite aumentar a segurança e a capacidade do sistema de transporte aéreo.
Código Morse
Sistema de representação de letras, números e certos sinais de pontuação, caracterizado por espaços e sinais relativamente mais longos e mais curtos (traços e pontos), de maneira a facilitar a sua transmissão por rádio ou dispositivos luminosos. Atualmente, ainda é utilizado, por exemplo, na identificação de radioauxílios à navegação, que transmitem o seu correspondente nome abreviado em Código Morse.
Corredor EUR/SAM - Corredor Europa - América do Sul
Termo que identifica o conjunto das aerovias que canalizam o voo das aeronaves, em ambos os sentidos, entre aeroportos europeus e aeroportos localizados na América do Sul.
COSPAS-SARSAT - Sistema de Satélites de Busca e Salvamento
É um componente do Sistema Internacional de Busca e Salvamento por Rastreamento de Satélites que detecta qualquer sinal emergencial de radiobaliza emitido por aeronaves (ELT), embarcações (EPIRB) e até mesmo por pessoas (PLB) - desde que estes possuam o equipamento transmissor-localizador de emergência, registrado e em boas condições de funcionamento, para a captação pelos satélites.
CPDLC - Comunicação Controlador-Piloto Através de Enlace de Dados
Método de comunicação pelo qual o controlador de tráfego aéreo emite instruções e troca informações com o piloto de uma aeronave utilizando-se de um protocolo ou enlace para transmissão de dados digitalizados (data-link), em substituição às comunicações por voz.
CPL - Plano de Voo em Vigor
Plano de voo que abrange as modificações em relação a um plano inicial, resultante de autorizações posteriores.
CRM - Gestão dos Recursos da Cabine
Conceito relacionado ao ambiente e às condições de trabalho dos pilotos e outros membros da tripulação a bordo de aeronave, incluindo os aspectos de comunicação interpessoal, liderança, consciência situacional, avaliação, solução de problemas e tomada de decisão, na medida em que afetam a operação segura das operações aéreas. Em geral, todas as tripulações de aviões comerciais são submetidas a treinamento periódico em CRM para assegurar que tenham um excelente desempenho em seu trabalho, tanto individualmente como no trabalho em equipe.
CRM - Modelo de Risco de Colisão
Processo matemático utilizado para estimar o número de acidentes que poderiam ocorrer, provenientes de colisão lateral, longitudinal ou vertical entre aeronaves no espaço aéreo, devido à perda de separação entre estas. É baseado no monitoramento de um número de parâmetros quantificáveis para comparação com o grau desejado de segurança operacional (TLS). O modelo de risco de colisão mais conhecido na aviação é o Modelo de Reich, que é empregado nas diversas atividades e estudos sobre a segurança das operações aéreas em dado cenário.
CWY - Zona Livre de Obstáculos
Área retangular, definida sobre o terreno ou a água, preparada e controlada de maneira a facilitar, após a decolagem, a subida inicial de uma aeronave até que esta atinja uma altura especificada, acima do terreno.
C - Central
Pista de pouso localizada no centro, nos aeródromos em que existem três pistas paralelas (no caso, seriam as pistas central, direita e esquerda). Observação: A letra "C", no contexto de meteorologia, identificará a temperatura em graus Celsius.
C2 - Comando e Controle
Conceito aplicável a todos os aspectos de um empreendimento, incluindo as funções a serem desempenhadas, os níveis organizacionais e o foco das atividades, tanto estratégicas como táticas.
D
DA/H - Altitude de Decisão
Altitude ou altura específica na qual o piloto deve decidir, em um procedimento de aproximação por instrumentos, se inicia imediatamente um procedimento de aproximação perdida (arremetida), caso não tenha uma referência visual, ou, tendo obtido a referência visual exigida, se prossegue na aproximação para pouso.
DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo
Órgão do Comando da Aeronáutica provedor dos serviços de navegação aérea no Brasil e, como tal, responsável pelas atividades de controle do tráfego aéreo, busca e salvamento, meteorologia, telecomunicações, cartografia e informação aeronáutica, capacitação de recursos humanos e demais atividades afins. A sede do DECEA está localizada na área do Aeroporto Santos-Dumont, no Rio de Janeiro.
DH - Altura de Decisão
Altura especificada em um procedimento de aproximação de precisão, na qual uma arremetida (aproximação frustrada) deverá ser iniciada se o piloto não obtiver referências visuais exigidas para continuar a aproximação e pousar com segurança.
DME - Equipamento para Medida de Distância
Equipamento que permite determinar e mostrar a bordo das aeronaves a distância, em milhas náuticas (NM), entre a aeronave e a estação transmissora do sinal, instalada em terra.
DTCEA - Destacamento de Controle do Espaço Aéreo
Organização da estrutura do Departamento de Controle do Espaço Aéreo que presta os serviços de tráfego aéreo, telecomunicações, informação aeronáutica e meteorológica nas diversas localidades de interesse da aviação. Antigamente, os DTCEA eram denominados DPV - Destacamento de Proteção ao Voo.
E
Espaços Aéreos ATS
Espaço aéreo de dimensões definidas, designado alfabeticamente de A até G, dentro do qual podem operar tipos específicos de voos e para os quais são estabelecidos os serviços de tráfego aéreo disponibilizados, bem como as regras de operação. Por exemplo, no espaço aéreo de classe "A" são permitidos tão somente os voos por instrumentos e o controle é rígido para todas as aeronaves. Por outro lado, no espaço aéreo classe "G", considerando-se que os voos sejam do conhecimento dos órgãos ATS, apenas são proporcionadas informações de voo e serviço de alerta, sendo unicamente o piloto responsável por prover a separação da sua aeronave de outras que possam estar voando no mesmo espaço aéreo.
ETA - Hora Estimada de Chegada
Hora estimada de chegada no aeródromo de destino, calculada com base na posição momentânea da aeronave e sua velocidade relativa ao solo.
EUROCAE - Organização Europeia para Equipamentos da Aviação Civil
Organização técnica europeia sem fins lucrativos, composta pela indústria aeronáutica, fornecedores de equipamentos de gerenciamento de tráfego aéreo e usuários do sistema de aviação civil, tais como empresas aéreas e aeroportos. Desenvolve documentação que padroniza as normas técnicas destinadas à comunidade aeronáutica dos Estados, mantendo estreita coordenação com a RTCA e outros organismos equivalentes nos EUA, tais como SAE e Arinc.
EUROCONTROL - Agência Europeia para a Segurança da Navegação Aérea
Organização internacional cujo principal objetivo é o desenvolvimento de um sistema pan-europeu de gestão de tráfego aéreo. Foi fundada em 1960 por Bélgica, França, República Federal da Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos e Reino Unido. Atualmente é composta por 38 membros e tem sua sede principal em Bruxelas.
Ecorradar
Expressão genérica utilizada para a indicação visual, em uma tela de apresentação radar, da posição de uma aeronave obtida por radar primário ou secundário.
EFIS - Sistema Eletrônico de Instrumentos de Voo
Sistema que apresenta em tempo real, por meio de telas/monitores ligados ao FMS/Sistema de Gerenciamento de Voo, as informações de voo aos pilotos, tais como rota planejada, curso que a aeronave está seguindo, altitude e posição no momento, entre outras.
ELT - Transmissor Localizador de Emergência
É um equipamento de rádio para uso aeronáutico, acionado manualmente ou automaticamente em casos de impacto, que transmite nas frequências internacionais de emergência (121,5 e/ou 406 Mhz) e que podem ser captadas pelos satélites de busca e salvamento do sistema COSPAS-SARSAT.
EMAS - Tecnologias para deter aeronaves em aeroportos de pista curta
É uma solução técnica instalada em alguns aeroportos para frear uma aeronave que, eventualmente, venha a sair da pista e ingresse na área de escape (RESA). Em geral, consiste de concreto poroso ou outro material que ceda ao peso da aeronave, assim detendo o seu avanço (desde que a velocidade não seja muito alta).
EOBT - Hora Estimada de Calços Fora
Hora estimada na qual a aeronave iniciará o deslocamento relacionado com a partida (decolagem).
EPIRB - Radiofarol Indicador de Posição de Emergência
É um equipamento de rádio para uso marítimo, acionado manualmente ou automaticamente em casos de impacto, que transmite nas frequências internacionais de emergência (121,5 e/ou 406 Mhz), que podem ser captadas pelos satélites de busca e salvamento do sistema COSPAS-SARSAT.
Espaço Aéreo Controlado
Espaço aéreo de dimensões definidas, dentro do qual se presta o serviço de controle de tráfego aéreo às aeronaves. O tipo de serviço a ser prestado estará em conformidade com a classificação do respectivo espaço aéreo ATS.
F
FAA - Administração Federal da Aviação
Entidade subordinada ao Departamento de Transportes dos Estados Unidos da América, encarregada dos assuntos relacionados às diversas áreas que afetam a aviação, tanto civil como militar. Os aspectos de investigação de acidentes aeronáuticos são tratados por um órgão independente, denominado NTSB - National Transportation Safety Board.
FAF - Fixo de Aproximação Final
É um ponto no espaço no qual se inicia um procedimento de aproximação por instrumentos em que o piloto efetua o alinhamento de sua aeronave com a direção da pista do aeródromo e realiza a descida final para o pouso nesse aeródromo.
FIR - Região de Informação de Voo
Espaço aéreo de dimensões definidas nas cartas publicadas pelo DECEA, dentro do qual são proporcionados serviços de informação de voo e alerta. O espaço aéreo brasileiro está subdividido em cinco regiões de informação de voo, a saber: FIR Amazônica, Atlântico (isto é, o espaço aéreo sobre o oceano), Brasília, Curitiba e Recife.
FIS - Serviço de Informação de Voo
Serviços prestados por um órgão de tráfego aéreo com a finalidade de proporcionar avisos e informações úteis para a realização segura e eficiente dos voos. O FIS não inclui a provisão de separação entre aeronaves.
Fixo ou Ponto de Notificação
Lugar geográfico especificado (por exemplo, uma determinada distância e direção de uma cidade ou de uma estação de rádio) em relação ao qual uma aeronave pode notificar sua posição a um órgão de controle ou informação de voo. Em princípio, aeronaves voando em área de cobertura radar e recebendo serviço de controle de tráfego aéreo baseado na informação radar estão dispensadas de notificar a sua posição.
FL - Nível de Voo
É a superfície de pressão atmosférica constante, relacionada com a referência de pressão de 1013.2 hectopascais (nível médio do mar) e que está separada de outras superfícies análogas por determinados intervalos de pressão. Por exemplo, o FL 200 corresponde a uma altitude de 20 mil pés, ou seja, aproximadamente 6.100 metros.
FMS - Sistema de Gerenciamento de Voo
É uma conjunção de quatro subsistemas principais existentes na maioria das modernas aeronaves de passageiros e da aviação executiva. Quando os quatro subsistemas trabalham em conjunto, recebem a designação de FMS (Sistema de Gerenciamento de Voo). Os quatro subsistemas que compõem o FMS são:
- FMC/Flight Management Computer ou Computador de Gerenciamento de Voo;
- AFS/Auto Flight System ou Sistema de Voo Automático;
- Navigation System;
- Este sistema inclui o IRS (Inertial Reference System - Sistema de Referencia Inercial) e o GPS (Global Positioning System - Sistema de Posicionamento Global);
- EFIS/Electronic Flight Instrument System ou Sistema de Instrumentos de Voo Eletrônicos.
FPL - Plano de Voo (apresentado)
Plano de voo tal como apresentado pelo piloto, ou seu representante, ao órgão dos serviços de tráfego aéreo, sem qualquer modificação posterior.
FT - Pé
Medida linear inglesa usada nos meios marítimos e aeronáuticos, correspondente a 12 polegadas ou a aproximadamente 30,5 centímetros. É utilizada em todo o mundo, exceto em regiões como, por exemplo, a Federação Russa, onde se adota o sistema métrico. No caso dos aviões, o seu uso mais consagrado é observado nos altímetros e na definição dos níveis de voo (FL).
G
Galileo - Sistema Global de Navegação por Satélite da Europa
É o programa destinado a facilitar a qualquer usuário o seu posicionamento no tempo e no espaço, de maneira segura e precisa, de modo semelhante ao obtido através do GPS. Trata-se de uma iniciativa da União Europeia e da Agência Espacial Europeia, cujo objetivo é contribuir para aperfeiçoar o Sistema Global de Navegação por Satélite, mediante a complementação de sistemas já existentes, tais como o GPS e o Glonass.
GBAS - Sistema de Aumentação Baseado em Terra
Tem como objetivo reduzir certas limitações encontradas no sistema de satélites para navegação ou posicionamento (por exemplo, o GPS), que proporciona aos usuários melhorias na capacidade de navegação, com cobertura local da ordem de 20 a 30 quilômetros, potencialmente provendo a capacidade para aproximações de precisão para todas as pistas de um aeroporto. O sistema de aumentação oferece maior precisão, integridade, disponibilidade e continuidade do serviço ao sistema de coberturas de satélite.
GEIV - Grupo Especial de Inspeção em Voo
Unidade aérea do DECEA que, dotada de aviões, tripulações e laboratórios específicos, realiza as calibragens e inspeções necessárias para garantir que os radares e auxílios à navegação aérea atendam aos padrões técnicos e operacionais adequados para a segurança das operações aéreas.
GES - Estação de Terra Solo
Estação localizada em um ponto específico no solo, destinada ao estabelecimento de um enlace de comunicações via satélite, tipicamente utilizado nas telecomunicações satelitais.
Giroscópio
É um dos componentes do sistema de navegação inercial (INS), em virtude de uma de suas principais características, que consiste em servir como referência de direção, uma vez que o giroscópio opõe-se a qualquer tentativa de mudar a sua direção original.
GLONASS - Sistema Orbital Global de Navegação por Satélite
É um sistema de posicionamento geográfico similar ao GPS, baseado em uma concepção de 24 satélites, divididos em três órbitas de altitude média e inclinadas em relação ao equador terrestre. Este sistema pertence à Federação Russa. O primeiro satélite Glonass, lançado em 12 de outubro de 1982, tinha apenas objetivos militares. A versão do sistema para uso civil foi lançada em 1993.
GNDC - Posição Operacional Controle de Solo
Posição de torre de controle de aeródromo, com frequência de comunicações específica, cujo uso é limitado às comunicações entre a torre de controle e as aeronaves no solo ou veículos autorizados na área de manobras do aeródromo.
GNSS - Sistema Global de Navegação por Satélite
O sistema global de navegação por satélite é definido como uma constelação de satélites que permite determinar o posicionamento e localização de um veículo ou receptor em qualquer lugar do globo, seja em terra, mar ou ar. O GNSS atual é constituído pelas constelações existentes do GPS e Glonass, além dos sistemas de aumentação e das bases de dados de navegação. Futuramente, a partir de sua operacionalização efetiva, o Galileo também será parte componente do GNSS, assim como, possivelmente, o sistema Compass, em desenvolvimento sob a égide chinesa.
GPS - Sistema Global de Posicionamento
Sistema composto por satélites em órbita média, estações de controle e de monitoramento em terra e receptores do usuário, que fornece continuamente sinais para localização geográfica e informação de horário de alta precisão. Em desenvolvimento a partir dos anos 60 do século 20 e de propriedade do Departamento de Defesa dos EUA, foi oferecido em 1994 para uso da aviação civil, principalmente para fins de navegação aérea, sem custos diretos.
GPWS - Sistema de Aviso de Proximidade do Solo
Sistema instalado a bordo da maioria das aeronaves de médio e grande portes que emite alertas sonoros e visuais em caso de situações potencialmente inseguras e que poderiam redundar em colisão com o terreno. O GPWS inicialmente era pouco confiável, a ponto de ser ignorado pelos pilotos, mas recebeu aperfeiçoamentos e a versão atualmente em uso, bastante confiável, é conhecida por Enhanced Ground Proximity Warning System - EGPWS.
GREPECAS - Grupo Regional de Planejamento e Implementação para as Regiões do Caribe e América do Sul
Grupo formado por países do Caribe e da América do Sul dedicado ao estudo e implementação de soluções para os serviços de tráfego aéreo na região, com base nas novas tecnologias de comunicações digitais e de satélites, bem como na gestão global e harmonizada do tráfego aéreo.
H
H24 - Serviço contínuo, dia e noite
Indica que um determinado aeroporto, órgão dos serviços de tráfego aéreo ou qualquer outra facilidade opera ou está disponível de forma contínua durante as 24 horas do dia.
HDG - Rumo
Direção da rota desejada ou percorrida no momento considerado, normalmente expressa em graus, de 000° a 360° a partir do Norte (geográfico ou magnético), no sentido do movimento dos ponteiros do relógio.
HJ - Desde o Nascer do Sol até o Pôr do Sol
Indica que um determinado aeroporto, órgão dos serviços de tráfego aéreo ou qualquer outra facilidade opera ou está disponível apenas durante o período diurno, compreendido entre o horário do nascer do sol até o pôr do sol.
HOTRAN - Horário de Transporte
É o documento aprovado e emitido pela ANAC que formaliza as concessões para a exploração de linhas aéreas regulares internacionais e domésticas de passageiros e/ou carga e da rede postal pelas empresas de transporte aéreo, com os respectivos horários, números de voos, frequências, tipos de aeronaves e oferta de assentos.
I
ILS - CAT II - ILS Categoria II
Sistema de aproximação e pouso de precisão que conduz a aeronave até uma altura mínima de 30 metros sobre a cabeceira da pista (DH), requerendo uma visibilidade mínima de 400 metros como parâmetro para prosseguimento na aproximação de pouso.
ILS - CAT III A - ILS Categoria III A
Sistema de aproximação e pouso de precisão que conduz a aeronave até uma altura mínima de 15 metros sobre a cabeceira da pista (DH), requerendo uma visibilidade mínima de 200 metros como parâmetro para prosseguimento na aproximação de pouso.
ILS - CAT III B - ILS Categoria III B
Sistema de aproximação e pouso de precisão que conduz a aeronave até uma altura mínima de 15 metros sobre a cabeceira da pista (DH), requerendo uma visibilidade mínima de 50 metros como parâmetro para prosseguimento na aproximação de pouso.
ILS - CAT III C - ILS Categoria III C
Sistema de aproximação e pouso de precisão que conduz a aeronave até o pouso sem limitações de altura de decisão (DH) ou de visibilidade mínima para prosseguimento na aproximação e pouso.
IMA - Instrução do (antigo) Ministério da Aeronáutica
Abreviatura utilizada para identificar as publicações da categoria de "Instruções", editadas pelo antigo Ministério da Aeronáutica e que continuam em vigor até a data de sua substituição por correspondente Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA).
IMC - Condições Meteorológicas de Voo por Instrumentos
Condições meteorológicas expressas em termos de visibilidade, distância de nuvens e teto, inferiores aos mínimos especificados para o voo visual (VMC - Condições Meteorológicas de Voo Visual).
Incidente Aeronáutico
É toda ocorrência associada à operação de uma aeronave em que haja intenção de realizar um voo, que não chegue a se caracterizar como um acidente, mas que afete ou que possa afetar a segurança da operação.
Incidente de Tráfego Aéreo
Toda ocorrência envolvendo o tráfego aéreo que constitua risco para as aeronaves, relacionada com:
a) Instalações -
dificuldades causadas pela falha de alguma instalação de infraestrutura de navegação aérea;
b) procedimentos - dificuldades ocasionadas por procedimentos falhos ou não cumprimento dos procedimentos aplicáveis; ou
c) proximidade das aeronaves (Airprox) - situação em que, na opinião do piloto ou do órgão ATS, a distância entre aeronaves bem como suas posições relativas e velocidades foram tais que a segurança tenha sido comprometida. Em função do nível de comprometimento da segurança, o incidente de tráfego aéreo é classificado da seguinte forma: risco crítico, risco potencial, nenhum risco e risco indeterminado.
Incursão em Pista
É toda ocorrência em aeródromo constituída pela presença indevida de aeronave, veículo ou pessoa na zona protegida de uma superfície designada para o pouso ou para a decolagem de uma aeronave.
Indicador de Localidade
Código constituído por um conjunto de quatro letras que identifica um aeródromo ou um determinado espaço aéreo (Região de Informação de Voo ou Área de Controle Terminal). O código SBSP, por exemplo, identifica o aeródromo de Congonhas (SP) e SBXP se refere ao espaço aéreo da área de controle terminal de São Paulo. A relação completa destes códigos pode ser encontrada no Manual Auxiliar de Rotas Aéreas - Rotaer.
Infraestrutura Aeronáutica
É o conjunto de órgãos, instalações ou estruturas terrestres de apoio que tem como função proporcionar segurança, regularidade e eficiência à navegação aérea. Compreende o:
- Sistema Aeroportuário;
- Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB);
- Sistema de Segurança de Voo;
- Sistema de Registro Aeronáutico Brasileiro;
- Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos;
- Sistema de Indústria Aeronáutica.
INS - Sistema de Navegação Inercial
Sistema autônomo de navegação a bordo de certas aeronaves que permite obter e determinar a posição em relação ao ponto de partida em latitude e longitude, por meio do processamento de dados fornecidos por giroscópios e acelerômetros. Seu uso mais corrente é de complementação do sistema de posicionamento global por satélite.
Integridade (de um sistema de navegação)
Integridade é uma medida da confiança que se pode depositar na correção (isto é, se os dados fornecidos são corretos) das informações supridas pela totalidade do sistema, por exemplo, do GPS.
ITU - União Internacional de Telecomunicações
Organização internacional destinada a padronizar e regular os assuntos relativos ao uso das ondas de rádio e telecomunicações internacionais. Foi fundada como International Telegraph Union (ou União Internacional de Telégrafos), em Paris, no dia 17 de maio de 1865 e é hoje a organização internacional mais antiga do mundo. Suas principais ações incluem estabelecer a alocação de espectros de ondas de rádio, inclusive as faixas de frequências para uso exclusivo aeronáutico. É uma das agências especializadas da Organização das Nações Unidas, tendo sua sede em Genebra, na Suíça.
IAL/IAC - Carta de Aproximação por Instrumentos
Carta publicada pelo DECEA que contém o desenho e as instruções para o procedimento de aproximação e pouso em um determinado aeródromo. Esta carta é utilizada na execução de um procedimento IFR e estabelece o perfil de altitudes e proas que a aeronave deverá cumprir em cada ponto da trajetória. É equivalente à IAC - Instrument Approach Chart.
IAP - Procedimento de Aproximação por Instrumentos
Série de manobras predeterminadas realizadas com o auxílio dos instrumentos de bordo, com proteção específica contra os obstáculos, desde o fixo de aproximação inicial ou, quando aplicável, desde o princípio de uma rota de chegada até um ponto a partir do qual seja possível efetuar o pouso e, caso este não se realize, até uma posição na qual se apliquem os critérios de circuito de espera ou de margem livre de obstáculos em rota.
IATA - Organização de Transporte Aéreo Internacional
Organização que representa as empresas aéreas, com sede em Montreal, Canadá. Visa promover serviços aéreos confiáveis e seguros, auxiliar o setor a alcançar níveis adequados de rentabilidade e desenvolver padrões e procedimentos econômicos e ecológicos para facilitar a operação do transporte aéreo internacional.
ICA - Instrução do Comando da Aeronáutica
Abreviatura utilizada para identificar as publicações da categoria de "Instruções", editadas pelo Comando da Aeronáutica. Por exemplo, encontramos a ICA 100-12 "Regras do Ar e Serviços de Tráfego Aéreo", na qual são estabelecidas as normas e os procedimentos de observância obrigatória e que se aplicam aos órgãos ATS e às aeronaves que utilizem o espaço aéreo sob jurisdição do Brasil. Essas publicações podem ser obtidas, em sua maioria, através do site do DECEA na internet: www.decea.gov.br
ICAO (OACI) - Organização de Aviação Civil Internacional
Agência especializada das Nações Unidas que tem por objetivo o desenvolvimento de princípios e técnicas de navegação aérea internacional e a organização e o progresso dos transportes aéreos, de modo a favorecer a segurança, a eficiência, a economia e o desenvolvimento dos serviços aéreos. A ICAO foi estabelecida consoante decisão da Convenção de Aviação Civil Internacional (Chicago, 1944), contando atualmente com 190 países contratantes.
IFALPA - Federação Internacional das Associações de Pilotos de Linha Aérea
É a organização que congrega mais de 100 associações de pilotos, com cerca de 100 mil membros, estabelecida em 1948 para interagir de maneira formal com a OACI na defesa dos interesses dos pilotos de linha aérea, principalmente os que estiverem relacionados com a segurança das operações aéreas.
IFATCA - Federação Internacional das Associações dos Controladores de Tráfego Aéreo
Organização que reúne as associações profissionais de controladores de tráfego aéreo de todo o mundo, contando com aproximadamente 100 afiliadas, que congregam mais de 50 mil membros. A entidade tem escritório permanente em Montreal, no Canadá. Foi estabelecida com os seguintes objetivos: promover a segurança e a eficiência do transporte aéreo; aperfeiçoar a padronização da navegação aérea internacional; auxiliar o desenvolvimento dos sistemas de controle de tráfego aéreo; sugerir melhorias nos procedimentos e nas instalações relacionadas ao tráfego aéreo; e promover o aperfeiçoamento e a eficiência dos profissionais associados.
IFR - Regras de Voo por Instrumentos
Prescrições que estabelecem requisitos e procedimentos para o voo por instrumentos - por exemplo, relativos à capacitação dos pilotos, condições dos aeroportos e aeronaves, que deverão estar equipadas com instrumentos adequados e equipamentos de navegação apropriados à rota a ser voada.
ILS - Sistema de Pouso por Instrumentos
Sistema de precisão que fornece informações eletrônicas de trajetória lateral, longitudinal e vertical, a serem utilizadas pelas aeronaves em aproximações para pouso sob condições de operação em visibilidade reduzida. O seu uso requer, entre outras instalações, um correspondente sistema de luzes de aproximação (ALS - Approach Ligthing System).
ILS - CAT I - ILS Categoria I
Sistema de aproximação e pouso de precisão que conduz a aeronave até uma altura mínima de 60 metros sobre a cabeceira da pista (DH), requerendo uma visibilidade mínima de 800 metros como parâmetro para prosseguimento na aproximação de pouso.
J
JAA - Junta de Autoridades de Aviação
Organismo associado à CEAC - Conferência Europeia da Aviação Civil que integra as autoridades nacionais de aviação civil de Estados europeus para o desenvolvimento cooperativo de atividades relativas à elaboração e implementação de normas e procedimentos para a segurança operacional da aviação.
JTST - Corrente de Jato
É uma corrente de ar relativamente estreita e encontrada a altitudes entre 10 e 15 quilômetros, embora também possam ser encontradas as correntes de jato de baixas altitudes, localizadas entre a superfície e até uma altitude de 10 mil pés. Apesar da sua associação a áreas de turbulência, principalmente as correntes de jato em altitude são de alto significado para o planejamento dos voos, na medida em que se pode aproveitá-las para aumentar a velocidade quando apresentarem ventos favoráveis. Ou, no outro caso, haverá que se planejar corretamente o voo para evitar os ventos contrários. A informação sobre jatos de altitude pode ser obtida através de radiossondagem da atmosfera e costuma ser identificada por imagens de satélite.
L
LAAD - Latin American Aerospace & Defence - Conference & Exhibition
É considerada a mais importante feira de defesa e segurança da América Latina, com periodicidade bienal e sede na cidade do Rio de Janeiro.
LABACE - Feira da Aviação Executiva na América Latina
Principal evento organizado pela associação de aviação executiva na América Latina, a LABACE é foro para palestras sobre assuntos que atualmente interessam à aviação geral e para a demonstração de produtos das principais indústrias atuantes nesse segmento aeronáutico. É realizada, regularmente, desde o ano de 2003 em São Paulo (SP).
Linha de Visada
Característica de transmissão e recepção dos sinais de rádio, típica das radiofrequências empregadas comumente nas telecomunicações aeronáuticas e nos radares de vigilância de tráfego aéreo. Significa que a transmissão ou recepção se dá em linha reta e não consegue ultrapassar eventuais obstáculos, tal como ocorre com a luz ou a visão humana. Portanto, edifícios, morros ou a própria curvatura da terra podem impor limites de alcance ou até mesmo impedir a comunicação ou detecção por meio de radar.
LVL - Nível
Termo genérico que, quando referente à posição vertical de uma aeronave em voo, significa, indistintamente, altura, altitude ou nível de voo. Em certas expressões pode significar, também, "nivelado" - como ocorre, por exemplo, em level flight (voo nivelado).
M
MDA - Altitude Mínima de Descida
É a menor altitude à qual uma aeronave pode descer durante a execução de um procedimento de aproximação para pouso, a partir da qual o piloto deve avistar a pista e completar o pouso em condições visuais. Caso isso não ocorra, deve-se iniciar o procedimento de aproximação perdida (arremetida).
METAR - Informe Meteorológico Aeronáutico Regular
É o código meteorológico utilizado para divulgar as informações obtidas em uma observação meteorológica à superfície, para fins aeronáuticos, realizada a cada hora cheia.
MHz - Megahertz
MHz é uma unidade de frequência, equivalente a um milhão de Hertz ou mil kilohertz (kHz). Se algo acontece com uma frequência de uma vez por segundo, este fenômeno tem a frequência de um Hertz. Sendo assim, uma frequência de um MHz significa que algo acontece um milhão de vezes por segundo. No meio aeronáutico, por exemplo, as comunicações entre controlador e piloto ocorrem, geralmente, na faixa de frequência que vai de 118 MHz a 137 MHz. Já o radar secundário (transponder) funciona em 1.030 MHz e 1.090 MHz.
Mínimos Operacionais de Aeródromo
Limites de uso de um aeródromo para decolagem ou pouso, usualmente expressos em termos de Visibilidade ou Alcance Visual de Pista (RVR), Altitude/Altura de Decisão ou Altitude/Altura Mínima de Descida e Condições de Nebulosidade.A responsabilidade pelo estabelecimento dos mínimos operacionais de um aeródromo é do operador/explorador da aeronave, que deve observar o previsto no Anexo 6 à CACI - Convenção de Aviação Civil Internacional e em regulamentação específica da ANAC. Os mínimos determinados pelo operador/explorador da aeronave não poderão ser inferiores àqueles publicados pelo DECEA nas cartas aeronáuticas.
MLT ou MLAT - Multilateração
Multilateração é uma forma de vigilância independente cooperativa, que emprega os sinais transmitidos pelo transponder de um avião para calcular a posição do mesmo. Um sistema de multilateração é constituído por várias antenas, que recebem o mesmo sinal de rádio de um avião ou outro veículo, e uma unidade central de processamento, que calcula a posição do avião ou veículo através da medição da diferença do tempo da chegada (TDOA - Time Difference Of Arrival) do sinal nas diferentes antenas. Uma vez que os sistemas de multilateração podem utilizar transmissões existentes do avião, podem ser empregados, em princípio, sem nenhuma mudança nos equipamentos de bordo.
MLS - Sistema de Pouso Baseado em Microondas
Originalmente destinado a substituir ou complementar o sistema de aterragem por instrumentos (ILS), o MLS opera em faixa de frequência menos saturada (da ordem de 5 GHz) e apresenta uma série de vantagens operacionais. Entre elas, uma vasta seleção de canais, o que permite evitar interferências de instalações em outros aeroportos próximos e proporcionar excelente desempenho em todas as condições meteorológicas. Entretanto, devido a custos muito superiores aos do ILS, esse sistema somente foi bem aceito em poucos países.
Modo A (do radar secundário)
Corresponde a um intervalo específico de pulsos dos sinais de interrogação, transmitidos por um interrogador de radar secundário, que terá como resposta do transponder a informação de código de identificação da aeronave. No modo A existe a possibilidade de alocar um total de 4.096 códigos diferentes, incluídos os códigos de situação de emergência.
Modo C (do radar secundário)
Corresponde a um intervalo específico de pulsos dos sinais de interrogação, transmitidos por um interrogador, que terá como resposta do transponder a informação de altitude da aeronave.
MSL - Nível Médio do Mar
É a altitude média da superfície do mar medida em relação a uma superfície terrestre de referência, que corresponde, aproximadamente, ao geóide (o modelo da terra). O nível médio do mar é utilizado como ponto de referência a partir do qual são medidas as altitudes dos acidentes topográficos, marcadas as curvas de nível e as altitudes nos mapas e plantas. Na aviação, é a referência para os níveis de voo (FL). Muitas vezes, a expressão é abreviada como "nível do mar".
N
NTV - Notificação de Voo (Plano de Voo Simplificado)
Documento semelhante ao plano de voo, porém de formato mais simples e com exigências menores, que poderá ser utilizado para o voo visual se este for realizado apenas nas proximidades do aeródromo de partida (dentro de um raio de 50 quilômetros deste).
NTSB - Conselho Nacional de Segurança nos Transportes
Agência governamental americana independente, criada em 1967, que responde pela investigação de acidentes de aviação, autoestradas, marinha, transporte tubular e estradas de ferro nos EUA.
NDB - Radiofarol Não Direcional
Estações destinadas a apoiar as operações de navegação das aeronaves, que transmitem ondas eletromagnéticas não direcionais, em faixas de baixa e média frequências, provendo sinais de identificação em Código Morse para os receptores das aeronaves. Embora simples e de baixo custo, apresentam pouca precisão e foram superadas pelo GPS. Por essa razão, no Brasil se elaborou um plano de desativação gradual das estações NDB, que deverá se estender até o ano de 2019.
NEF - Previsão de Grau de Exposição de Ruído
Método desenvolvido pela FAA - Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos visando prever o grau de incômodo causado à comunidade por ruídos provenientes de aeronaves e de aeroportos. A análise é realizada levando-se em consideração dados operacionais e acústicos.
Nível de Cruzeiro
Nível de voo que se mantém durante uma etapa considerável da viagem em virtude de, geralmente, a operação da aeronave ser favorecida com velocidade ótima e menor consumo de combustível.
NM - Milha Náutica
Unidade de medida de comprimento ou distância equivalente a 1.852 metros, utilizada quase exclusivamente em navegação marítima e aérea e na medição de distâncias marítimas. A milha náutica por hora deu origem ao "nó" (Knot - KT), unidade de velocidade ainda muito comum na aviação. Tanto a NM como o "nó" não integram, porém, o Sistema Internacional de Unidades (SI) e o seu uso é desencorajado quando se trata de grandezas expressas em unidades do SI.
NOTAM - Informação ao Aeronavegante
Avisos que contêm informações relativas ao estabelecimento, condição ou modificação de qualquer instalação aeronáutica, serviço, procedimentos ou perigo, cujo pronto conhecimento seja essencial para o pessoal encarregado das operações de voo.
NPA - Aproximação de Não Precisão
Procedimento de aproximação por instrumentos baseada em auxílio à navegação, tais como o NDB, VOR e GNSS Básico, que não possuem indicação eletrônica de trajetória de planeio.
O
OCA/H - Altitude
Menor altitude ou altura acima da cabeceira da pista ou do aeródromo usada como referência para as atividades de avaliação e determinação de obstáculos à navegação aérea.
OFZ - Superfície Livre de Obstáculos
Nos aeródromos que contam com operação IFR de precisão são definidas áreas ou superfícies que, em princípio, não podem apresentar nenhum tipo de obstáculo. Essas áreas têm por finalidade proteger as operações de aviões e os auxílios à navegação aérea, impondo-se limites à presença e ao trânsito de aeronaves e outros veículos autorizados nas proximidades da pista. Destas superfícies só podem sobressair os objetos montados sobre suportes frágeis de pequenas dimensões e extremamente necessários às operações aéreas no aeroporto e suas imediações.
Operações Paralelas Segregadas
Operações simultâneas, por instrumentos, em pistas paralelas ou quase paralelas, sendo uma das pistas usada exclusivamente para chegadas e a outra pista exclusivamente para decolagens (partidas).
P
PAR - Radar de Aproximação de Precisão
Radar primário usado para determinar a posição de uma aeronave durante a aproximação final em azimute e elevação, em relação à trajetória nominal de aproximação, e em distância, em relação ao ponto de toque da aeronave na pista de pouso.
PBB - Ponte de Embarque de Passageiros
Instalação destinada a facilitar o embarque e desembarque de passageiros das aeronaves, por vezes também referida como finger, em inglês. Nas posições "remotas" de estacionamento de aeronaves, isto é, não providas de PBB, o embarque e desembarque se dá por meio de escadas, tal como também acontece nos aeroportos não equipados com PBB.
PBN - Navegação Baseada em Performance
É um conceito diretamente associado à utilização do GNSS - Sistema Global de Navegação por Satélite e que permitirá o atendimento dos requisitos de performance associados a todas as fases de voo (rota, área de controle terminal e aproximação para pouso), por meio da combinação de sistemas de navegação satelitais, sistemas situados no solo e instalados a bordo das aeronaves.
PBZPA - Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo
Documento de aplicação genérica que estabelece as restrições impostas ao aproveitamento das propriedades dentro da ZPA - Zona de Proteção de um Aeródromo.
Para saber mais sobre, acesse o site Aeródromos no portal do DECEA (www.decea.gov.br)
Plano Aeroviário Estadual
Instrumento macrodiretor da política de desenvolvimento do Sistema Regional de Aeroportos que determina as diretrizes e metas fundamentais, bem como os recursos essenciais para o pleno desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária no interior dos Estados, aprovados pela ANAC.
Plano Diretor Aeroportuário
Conjunto de documentos que apresenta a orientação para implantação e desenvolvimento de um aeródromo e que oficializa a diretriz de expansão do aeroporto, orientando seu crescimento físico, área patrimonial e investimento no horizonte de 20 anos, aprovado pela ANAC.
PinS - Aproximação para Ponto no Espaço
Tipo de procedimento de aproximação por instrumentos elaborado para emprego exclusivo por helicópteros e baseado em sistema de navegação por satélites (GNSS). Permite chegar em voo por instrumentos até um ponto de referência, a partir do qual as manobras subsequentes poderão ser executadas em condições visuais, de tal maneira que o piloto possa ver e evitar obstáculos durante a aproximação final e o pouso no heliponto pretendido.
Pistas Quase Paralelas
Pistas que não se cruzam, mas que apresentam um ângulo de convergência/divergência de 15 graus ou menos entre os prolongamentos das linhas de eixo das pistas.
PLB - Personal Location Beacon
É um equipamento de rádio para uso pessoal, acionado manualmente ou automaticamente em casos de impacto, que transmite nas frequências internacionais de emergência (121,5 e/ou 406 Mhz).
Ponto de Transferência de Controle
Ponto determinado da trajetória de voo de uma aeronave no qual a responsabilidade de proporcionar serviço de controle de tráfego aéreo à aeronave é transferida de um órgão ou posição de controle para o seguinte.
Pouso de Emergência
Pouso de consequências imprevisíveis que, embora não constitua um pouso forçado, requer precauções especiais em virtude de deficiência técnica apresentada pela aeronave.
Pouso Forçado
Pouso ditado por situação de emergência que impeça que a permanência da aeronave no ar seja prolongada, sob pena de grave risco para os seus ocupantes.
PSR - Radar Primário de Vigilância
Sistema de radar que transmite energia eletromagnética em uma determinada direção e capta os sinais de rádio eventualmente refletidos por avião ou qualquer objeto que estiver no caminho da energia transmitida. Os sinais assim refletidos são processados e podem ser visualizados em uma tela própria, semelhante a uma tela de monitor de computador pessoal ou mesmo de um televisor. Estes sinais, também chamados de ecorradares, podem ser utilizados para controlar o tráfego aéreo ou, ademais, para fins de defesa aérea em caso de conflito.
Q
QDM - Proa Magnética
Código que corresponde à direção que o piloto de uma aeronave deverá tomar para seguir até o radiofarol (NDB) que estiver sintonizado no equipamento de bordo. Ou seja, é uma linha imaginária que liga o avião a uma estação NDB.
QDR - Marcação Magnética
Ao contrário de um QDM, QDR é um alinhamento que se afasta de um NDB, isto é, a linha imaginária que sai da estação em qualquer direção.
QFE - Pressão Atmosférica ao Nível de Elevação do Aeródromo (ou na cabeceira da pista)
Código que corresponde à pressão atmosférica que, se inserida no altímetro de bordo, indicará altitude "zero" quando o avião se encontrar na pista ou demais áreas do aeródromo em questão.
QNE - Pressão Padrão ao Nível Médio do Mar
Código que corresponde à pressão atmosférica padrão ao nível médio do mar, equivalente a 1013,2 hectopascal (hPa). Em relação a este nível padrão são determinadas as regiões de "alta" ou "baixa" pressão atmosférica, conforme venham a ser observadas. O "ajuste QNE" é inserido no altímetro de bordo de todas as aeronaves em voo acima de certa altitude, de forma que todas mantenham o respectivo nível de voo em relação à mesma e única superfície de referência.
QNH - Pressão Reduzida ao Nível do Mar pelo Gradiente Vertical da Atmosfera Padrão
Código que corresponde à pressão barométrica observada em um determinado ponto no solo (por exemplo, um aeródromo), reduzida ao nível médio do mar e expressa em hectopascais. Quando introduzida no altímetro de bordo, indicará a altitude do aeródromo quando a aeronave ali pousar. O processo de inserção do valor de QNH no altímetro é denominado "ajuste de altímetro".
R
RTE - Rota
Projeção sobre a superfície terrestre da trajetória de uma aeronave cuja direção, em qualquer ponto, é expressa geralmente em graus a partir do Norte (geográfico ou magnético).
RVR - Alcance Visual de Pista
Distância na qual o piloto de uma aeronave, que se encontra sobre o eixo de uma pista, pode ver os sinais de superfície da pista, luzes delimitadoras da pista ou luzes centrais da pista.
RVSM - Separação Vertical Mínima Reduzida
É a separação vertical de 1 mil pés entre os FL 290 e FL 410, aplicada a partir de 20 de janeiro de 2005 em todo o espaço aéreo das Américas e Caribe, após a aprovação operacional e aprovação RVSM das aeronaves (aeronavegabilidade) pelas autoridades aeronáuticas de cada Estado. Anteriormente, a separação mínima vertical entre aeronaves era de 2 mil pés. A redução se tornou possível graças à melhoria dos sistemas altimétricos das aeronaves mais modernas, embora sujeita a certas condições operacionais, tais como a exigência de transponder em funcionamento a bordo das aeronaves autorizadas a voar com separação RVSM.
RWY - Pista
Área retangular definida, em um aeródromo terrestre, para o pouso e a decolagem de aeronaves. As cabeceiras das pistas são identificadas por dois algarismos, que indicam o seu alinhamento em relação ao norte magnético. Por exemplo, a pista "01" terá um alinhamento compreendido entre o rumo 006º e 015º; a pista "10" corresponde a um rumo entre 096º e 105º, etc. Naturalmente, a cabeceira "oposta" terá um alinhamento defasado em 180º, ou seja, se uma cabeceira é "01", a outra será "19", se uma é "10", então a outra será "28", etc. Com o passar dos anos e a consequente variação da declinação magnética local, poderá ocorrer a necessidade de mudança da identificação das pistas (e.g., até recentemente as pistas de Congonhas eram identificadas como 16 - 34, mas atualmente são 17 - 35). No caso de pistas paralelas, adiciona-se a letra R (direita) ou L (esquerda): por exemplo, 17R identifica a pista da direita, conforme é vista do setor de aproximação para pouso.
R - Direita
A letra "R", conforme o contexto, assume significados diferentes. Pode, por exemplo, diferenciar duas pistas de pouso paralelas (tal como a pista 17R de Congonhas - a pista da direita; obviamente, a outra pista será identificada como 17L, da esquerda). Pode significar, também, a cor vermelha ou uma área ou espaço aéreo de uso restrito, identificada pela letra R seguida de três algarismos (e.g. R312 - equivalente à 12ª área restrita na jurisdição do 3º Comando Aéreo Regional).
RA - Aviso de Resolução
Instruções de mudanças de altitude de voo apresentadas ao piloto pelo TCAS, com o objetivo de evitar a aproximação e colisão com outra aeronave. Este alerta identifica que os mínimos de separação estão sendo infringidos, cabendo ao piloto comandar de imediato a manobra evasiva indicada pelo TCAS (subida ou descida). Eventualmente, o RA também pode indicar uma restrição a qualquer manobra para manter a separação existente - por exemplo, um aviso de "Não suba" ou "Não Desça".Não obstante, a mesma sigla "RA" em mensagens de previsão meteorológica significará "chuva" (rain).
RA - Aviso de Resolução
Instruções de mudanças de altitude de voo apresentadas ao piloto pelo TCAS, com o objetivo de evitar a aproximação e colisão com outra aeronave. Este alerta identifica que os mínimos de separação estão sendo infringidos, cabendo ao piloto comandar de imediato a manobra evasiva indicada pelo TCAS (subida ou descida). Eventualmente, o RA também pode indicar uma restrição a qualquer manobra para manter a separação existente - por exemplo, um aviso de "Não suba" ou "Não Desça".Não obstante, a mesma sigla "RA" em mensagens de previsão meteorológica significará "chuva" (rain).
RAIM - Monitoração Autônoma da Integridade pelo Receptor
De forma semelhante ao ABAS, trata-se de um sistema autônomo incorporado a certos tipos de receptores GPS que permite a constante verificação da característica de integridade do equipamento, gerando um aviso para o piloto no caso dos sinais de navegação satelital apresentarem algum problema que impeça o seu uso com segurança.
RBHA - Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica
Prescrições publicadas pelo antigo Ministério da Aeronáutica, por meio do Departamento de Aviação Civil, para identificar os regulamentos que tratam de responsabilidade, segurança, certificações, homologações e procedimentos adotados na aviação civil. Atualmente, encontra-se em processo de gradativa substituição pelo RBAC - Regulamento Brasileiro de Aviação Civil, instituído pela ANAC em 21 de maio de 2008.
RCC - Centro de Coordenação de Salvamento
São os órgãos regionais responsáveis pelas ações de busca e salvamento em suas respectivas áreas de jurisdição, mais conhecidos como "Salvaero". Funcionam em permanente estado de alerta junto aos Centros de Controle de Área de cada região de informação de voo.
Recepção em VHF (Faixa de Frequência Muito Alta)
A faixa de frequência muito alta (VHF - Very High Frequency) é a mais apropriada e, portanto, a mais utilizada para as comunicações aeroterrestres - isto é, entre o avião e os órgãos do serviço de controle de tráfego aéreo. Entretanto, o alcance está limitado à linha de visada, o que, em situação teórica e sem outros obstáculos entre o transmissor e o receptor, limita o alcance de acordo com a altura em que se encontra o avião. Por exemplo: um avião que se encontre a 150 metros acima do nível da estação poderá estabelecer comunicações até uma distância de 48 quilômetros, ao passo que, para um avião a 12 mil metros acima da estação, este alcance chega aos 460 quilômetros. Limitações semelhantes também afetam a recepção de sinais de radar, embora estes operem em faixa de frequência ultra-alta (UHF).
REH - Rota Especial de Helicópteros
É uma rota estabelecida com o propósito de permitir, exclusivamente, voos visuais (VFR) de helicópteros sob condições específicas. Visa evitar interferência com o tráfego de voos IFR (por instrumentos) dos aeródromos de uma determinada área, através do estabelecimento de altitudes máximas e percursos com referências visuais bem definidas. Também tem o objetivo de propiciar o máximo de áreas livres no solo onde o helicóptero possa efetuar um pouso de emergência, com o mínimo risco possível para pessoas e propriedades, e para adequar o uso de helicópteros às suas características peculiares.
RESA - Área de Segurança de Fim de Pista (área de escape)
É uma área simétrica ao longo do prolongamento do eixo de uma pista e adjacente ao final da faixa de pista, construída com o objetivo primário de reduzir o risco de danos a uma aeronave que, eventualmente, tenha ultrapassado os limites físicos da pista durante o pouso ou nos casos de rejeição de uma decolagem. A dimensão recomendada da RESA varia entre 120 e 300 metros, conforme o tipo de aeronave que opera em dado aeroporto.
RNAV - Navegação de Área
Método de navegação que permite a operação de uma aeronave em qualquer rota ou curso desejado dentro da área de abrangência dos sinais de um auxílio à navegação ou das limitações de capacidade do sistema de navegação de bordo.
RNP - Performance de Navegação Requerida
É uma declaração da performance de navegação necessária para a operação em um espaço aéreo definido. A performance de navegação e os requisitos são definidos para uma aplicação ou tipo particular de RNP. Por exemplo, a expressão "RNP 1" significa um requisito ou capacidade da aeronave de voar em uma determinada rota, permitindo-se um desvio lateral máximo de uma milha náutica para cada lado do eixo da rota, durante 95% do tempo.
ROTAER - Manual Auxiliar de Rotas Aéreas
Publicação brasileira criada com a intenção de auxiliar os aeronavegantes no planejamento do voo e na navegação dentro do território nacional. Este manual tem como objetivo atender às necessidades dos aeronavegantes que usam pequenas aeronaves e voam de acordo com as regras de voo visual.
RPL - Plano de Voo Repetitivo
Planejamento de voo referente a todos os voos regulares que se pretende realizar com idênticas características básicas, com base em HOTRAN - Horário de Transporte. O RPL facilita a rotina ao eliminar a necessidade de apresentar, diariamente, um plano específico para cada voo previsto e deverá ser apresentado pelo explorador da aeronave para armazenamento e uso repetitivo pelos órgãos dos serviços de tráfego aéreo (ATS).
S
S - Selective (modo)
Equipamento de bordo da aeronave que transmite aos órgãos de controle de tráfego aéreo em terra informações relativas à identificação, posição, altitude, velocidade e outros dados de interesse, além de propiciar um canal de enlace de dados para comunicações digitais.
SAR - Busca e Salvamento
É a atividade ou serviço organizado e estruturado para efetuar missões de busca e salvamento, em consonância com os compromissos e normas nacionais e internacionais, destinado a localizar ocupantes de aeronaves ou embarcações em perigo, resgatar tripulantes e vítimas de acidentes aeronáuticos ou marítimos com segurança e interceptar e escoltar aeronaves em emergência.
SARPs - Normas e Métodos Recomendados
São especificações adotadas pelo Conselho da OACI e publicadas como anexos à Convenção de Aviação Civil Internacional, cuja observância, no caso das normas, é considerada necessária para a segurança e regularidade da aviação civil internacional. No caso dos métodos recomendados, a observância é desejável. Em caso de "diferenças" em sua aplicação por algum Estado, este está obrigado a informar à OACI - Organização de Aviação Civil Internacional o teor dessas diferenças e publicá-las em documento apropriado (AIP).
SATCOM - Comunicação por Satélite
Sistema que permite a comunicação entre avião e órgãos de controle de tráfego aéreo por meio de satélites, podendo ser satélites geoestacionários, como, por exemplo, da Inmarsat, ou satélites de órbita baixa ou média, como, por exemplo, do Iridium.
Segurança da Aviação
É o estado de garantia da integridade física e patrimonial dos usuários do sistema de aviação civil em face das potenciais ameaças e atos de interferência ilícita, tais como o sequestro de aeronave.
Segurança Operacional
É o estado no qual o risco de lesões às pessoas ou danos às propriedades são reduzidos e mantidos em (ou abaixo de) um nível aceitável, mediante um contínuo processo de identificação de perigos e gerenciamento de riscos nos campos relacionados aos serviços de navegação aérea.
SGSO - Sistema de Gestão da Segurança Operacional
Sistema que provê um método sistemático e integrado para o gerenciamento da segurança operacional, que inclui a estrutura orgânica, as linhas de responsabilidade, as políticas e os procedimentos necessários para a manutenção da segurança operacional em um nível aceitável.
SID - Saída Padrão por Instrumentos SID - (Procedimento de) Saída Padrão por Instrumentos
Rota de saída por instrumentos que conecta o aeródromo, ou uma pista específica de um aeródromo com um ponto significativo, normalmente em uma rota ATS, no qual a fase em rota do voo possa ser iniciada.
Carta publicada pelo DECEA que contém o desenho e instruções do procedimento de saída por instrumentos que as aeronaves deverão cumprir após a decolagem de um determinado aeródromo. Nesta carta estão estabelecidas as proas e o perfil de subida (altitudes mínimas em cada ponto da trajetória) até atingir um ponto no espaço aéreo a partir do qual é iniciado o voo em rota (aerovia).
SIGMET - Informação Relativa a Fenômenos Meteorológicos em Rota que Possam Afetar a Segurança Operacional das Aeronaves
Código que identifica a informação emitida por um órgão de vigilância meteorológica e relativa à existência, real ou prevista, de fenômenos meteorológicos em rotas especificadas, que possam afetar a segurança das operações de aeronaves.
SIPAER - Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
Tem a finalidade de planejar, orientar, coordenar, controlar e executar as atividades de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos no Brasil.
SISCEAB - Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro
É o conjunto de órgãos e instalações - tais como auxílios à navegação aérea, radares de vigilância, centros de controle e torres de controle de aeródromo, estações de telecomunicações, recursos humanos, etc. - que tem como objetivo proporcionar regularidade, segurança e eficiência do fluxo de tráfego nos aeroportos e no espaço aéreo, abrangendo as seguintes atividades:
- Controle de Tráfego Aéreo (ATC);
- Telecomunicações aeronáuticas e auxílios à navegação aérea;
- Meteorologia aeronáutica;
- Cartografia e informações aeronáuticas;
- Busca e salvamento;
- Inspeção em voo;
- Coordenação e fiscalização de ensino técnico específico; e
- Supervisão de fabricação, reparo, manutenção e distribuição de equipamentos terrestres de auxílio à navegação aérea.
SIVAM - Sistema de Vigilância da Amazônia
Conjunto das instalações, sensores, órgãos, subsistemas de telecomunicações e de vigilância do espaço aéreo, procedimentos e serviços que proporcionam informação e controle de diversas atividades em andamento na região definida como Amazônia Legal.
Sistema Aeroportuário
É o conjunto de aeródromos brasileiros, com todas as pistas de pouso, pistas de táxi, pátios de estacionamento de aeronaves, terminais de carga aérea, terminais de passageiros e as respectivas facilidades.
Slot
Horário estabelecido para o sobrevoo de um fixo de posição ou para a realização de uma operação de pouso ou decolagem. Na prática, em virtude das variáveis típicas das operações aéreas, o slot é entendido como uma "janela de tempo" - por exemplo, um período da ordem de 5 minutos antes até 10 minutos depois do horário estabelecido. No Brasil, também foi instituído o "slot de oportunidade", destinado à operação de decolagem ou pouso de uma aeronave em aeroporto coordenado que, em razão de sua não utilização, pode ser atribuído a outra aeronave. A ANAC, por sua vez, definiu o slot como "horário estabelecido para uma aeronave realizar uma operação de chegada (calço) ou uma operação de partida (descalço) em um aeroporto coordenado".
SPECI - Informação Meteorológica Aeronáutica Especial Selecionada
É o código meteorológico utilizado para divulgar as informações obtidas em uma observação meteorológica à superfície, para fins aeronáuticos, realizada quando da ocorrência, dissipação ou mudança significativa na intensidade de um fenômeno que seja considerado importante para as operações aéreas. Geralmente, é realizada nos intervalos das horas cheias.
SSR - Radar Secundário de Vigilância
Sistema de vigilância cooperativo do espaço aéreo que utiliza transmissores-receptores (interrogadores de solo e respondedores de bordo) e que fornece, basicamente, informações de identificação das aeronaves (Modo A) e altitude (Modo C) para os órgãos de controle de tráfego aéreo.
STAR - Chegada Padrão por Instrumentos
Rota de chegada de voos operando por instrumentos (IFR) e que conecta um ponto da aerovia a um ponto próximo ao aeroporto de destino, no qual um procedimento de aproximação por instrumentos poderá ser iniciado (para a descida e pouso naquele aeroporto).
STOL - Decolagem e Pouso Curtos
Características operacionais de determinados tipos de aeronave que conseguem realizar as operações de decolagem e pouso em uma distância de pista muito reduzida, em comparação com as distâncias requeridas pelos aviões que não possuem tais características.
T
TA - Aviso de Tráfego
Alerta apresentado ao piloto pelo TCAS, relacionado com o posicionamento de outra(s) aeronave(s) nas proximidades e que representa(em) uma ameaça potencial de colisão. Este alerta visa assegurar a atenção do piloto para monitorar a altitude e a evolução do tráfego aéreo, a fim de prevenir a ocorrência de possíveis reduções nos mínimos de separação estabelecidos.
TAF - Previsão de Aeródromo
Código para uma previsão meteorológica de aeródromo, incluindo a previsão de temperaturas para o período de validade do TAF. Uma emenda à previsão é publicada sempre que ocorrerem mudanças significativas em algum dos dados relevantes.
TCAS - Sistema Anticolisão de Tráfego
Sistema de bordo capaz de receber e processar informações transmitidas pelo transponder de outra aeronave (altitude, velocidade vertical, razão de subida, distância e azimute), com o objetivo de determinar a posição relativa entre as referidas aeronaves. Em função da projeção das trajetórias calculadas pelo sistema, serão emitidos alertas para tomada de decisão (TA ou RA). ACAS é o acrônimo equivalente normatizado pela OACI - Organização de Aviação Civil Internacional.
TCU - Torres Cumulus
Nuvem do tipo cúmulo em forma de torre.
THR - Cabeceira (de pista)
Área inicial de uma pista de aeródromo, identificada por dois caracteres numéricos que indicam o seu alinhamento aproximado em relação ao norte magnético, seguida de uma letra nos casos de existir uma ou mais de uma pista paralela no mesmo local. Por exemplo, a pista 30, da figura ao lado, identifica uma pista que tem um rumo magnético que pode variar entre 296º e 305º. (João Paulo Moralez)
Teto
Altura, acima do solo ou água, da base da mais baixa camada de nuvens, abaixo de 6 mil metros (20 mil pés) e que cubra mais da metade do céu. Essa altura pode ser estimada por um observador experiente ou medida por meio de um instrumento específico, denominado tetômetro. A informação de teto serve para determinar se uma operação de decolagem ou pouso pode ser efetuada com segurança em função da capacidade de se avistar ou não os obstáculos porventura existentes nas imediações do aeródromo.
TODA - Distância Utilizável para Decolagem
Distância definida em uma pista de aeródromo que pode ser utilizada para a operação de decolagem de uma aeronave. De forma semelhante, para a operação de pouso se define a distância disponível para pouso (LDA - Landing Distance Available). Ambas se destinam a subsidiar o planejamento de voo do operador de aeronaves.
TMA - Área de Controle Terminal
Área de controle situada geralmente na confluência de rotas ATS e nas imediações de um ou mais aeródromos. Por exemplo, a TMA São Paulo engloba os aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Campinas/Viracopos, Jundiaí, Marte, Santos, etc.
Trajetória de Planeio
Trajetória ou rampa de planeio é o perfil de descida determinado para orientação vertical da aeronave durante uma aproximação final para um aeródromo.
Transmissão às Cegas
Transmissão de uma estação a outra em circunstâncias nas quais não se pode estabelecer comunicações bilaterais, mas se acredita que a estação chamada eventualmente possa receber a transmissão. Por exemplo, no caso de um avião que não consiga contato com o centro de controle, mas o piloto decida transmitir "às cegas", na esperança de que a sua mensagem seja ouvida pelo tal centro (ou, eventualmente, outra aeronave nas imediações possa ouvir essa mensagem e estabelecer uma "ponte" entre o piloto e o centro de controle).
TRANSPONDER - Transmissor-Receptor
Transmissor-receptor de radar secundário de bordo que recebe automaticamente sinais de rádio dos interrogadores de solo e que, seletivamente, responde, com um pulso ou grupo de pulsos, somente àquelas interrogações realizadas no modo e código para os quais estiver ajustado.
TWR - Torre de Controle de Aeródromo
É um órgão operacional de controle de tráfego aéreo instalado em uma torre situada nos aeroportos de maior movimento e encarregado de prestar os serviços requeridos pelas aeronaves apenas durante as fases de decolagem e pouso em um aeródromo. Inclui-se entre esses serviços o controle no solo e, quando for necessário, o controle dos voos no circuito de tráfego visual do aeródromo.
TWY - Pista de Táxi
Caminhos devidamente preparados no aeródromo e que se destinam à circulação dos aviões entre o pátio de estacionamento e a pista de pouso e decolagem, e vice-versa.
U
UFN - Até Novo Aviso
Expressão que significa que determinada situação ou informação permanecerá válida até ser recebida uma mensagem ou aviso que modifica a mensagem ou aviso anteriormente emitido.
UNL - Ilimitado
De limite não estabelecido. Aplica-se, por exemplo, ao "limite" superior do espaço aéreo brasileiro que, por não estar definido em algum instrumento legal, é considerado "ilimitado".
UTC - Tempo Universal Coordenado
É uma escala de tempo coordenado, mantida pela Agência Internacional de Pesos e Medidas e utilizada como padrão de "hora certa" no controle de tráfego aéreo e serviços de meteorologia aeronáutica. O UTC substitui o GMT (Greenwich Meridian Time) ou Z (Zulu), que é baseado na hora local de Greenwich, Inglaterra. Pode ser considerado equivalente ao GMT sempre que não forem importantes as frações de segundo. O sistema UTC foi desenvolvido pela ITU/UIT em 1970. Como não foi possível obter consenso quanto à sigla (CUT em inglês ou TUC em francês), decidiu-se adotar UTC como uma solução de compromisso.
V
VFR - Regras de Voo Visual
Prescrições que estabelecem as condições e requisitos para o voo visual, como a de que os "voos VFR" deverão ser conduzidos de forma que as aeronaves voem em condições de visibilidade e distância das nuvens iguais ou superiores àquelas especificadas na legislação (em geral, o teto não deverá ser inferior a 450 metros e a visibilidade não inferior a 5 quilômetros).
Vetoração Radar
Situação em que o controlador de tráfego aéreo, com base na apresentação das informações obtidas por meio de radar, orienta a navegação de uma aeronave - instruindo, por exemplo, o piloto a executar uma curva: "...curva à direita, proa 330".
Vigilância Radar
Serviço em que o controlador de tráfego aéreo emprega o radar para proporcionar às aeronaves informação e assessoramento sobre desvios significativos com respeito à rota de voo prevista ou autorizada.
VMC - Condições Meteorológicas de Voo Visual
Condições meteorológicas, expressas em termos de visibilidade, distância de nuvens e teto, iguais ou superiores aos mínimos especificados para o voo visual. Esses mínimos, em princípio, exigem teto de 450 metros e visibilidade igual ou superior a 5 quilômetros, embora outros valores possam ser aplicáveis, conforme a situação do voo pretendido.
VOLMET - Informação Meteorológica para Aeronave em Voo
Fornecimento das diversas informações meteorológicas de uso aeronáutico, isto é, METAR, SPECI, TAF e SIGMET, através de repetitiva radiodifusão em voz dessas informações ou mediante transmissão direta às aeronaves, por meio de um enlace de dados (datalink).
VOR - Radiofarol Omnidirecional em Frequência Muito Alta
Estações de rádio destinadas a apoiar as operações de navegação aérea, que transmitem ondas eletromagnéticas omnidirecionais (radiais), em faixa de frequência muito alta (VHF, entre 112,0 e 117,9 MHz). Embora de alcance limitado à linha de visada, apresenta resultados qualitativos bastante melhores do que o NDB. A sua instalação se dá, normalmente, em conjunto com uma estação DME, assim conformando uma instalação VOR/DME.
W
WPT - Waypoint
Ponto de notificação ou fixo em rotas ou procedimentos baseados em sistemas de navegação de área.
WS - Cortante (ou Tesoura) de Vento
A cortante do vento é um fenômeno que envolve uma mudança brusca e repentina no vento de proa ou de cauda, da ordem de 15 nós (aproximadamente 30km/h) ou mais, que pode afetar adversamente uma aeronave na aproximação final ou na decolagem. O fenômeno ocorre, em geral, nas pistas e até uma altura de 500 metros, embora se tenha observado também acima desse limite, em função da topografia local.
Z
Z - Zulu
A letra "Z" identifica o meridiano 0º, também conhecido por "Meridiano de Greenwich" e utilizado como referência de hora padrão nos meios aeronáuticos, antes da adoção do tempo universal coordenado (UTC). Obs.: Para fins de pronúncia correta, a primeira sílaba é tônica (zúlu).
ZPA - Zona de Proteção de Aeródromo
Conjunto de áreas de um aeródromo e de suas imediações nas quais o aproveitamento e o uso do solo sofrem restrições, conforme definido em diversos documentos e segundo critérios estabelecidos com a finalidade de promover a segurança das operações aéreas. A eventual não observância dessas restrições pode levar à impraticabilidade do aeródromo.
Créditos: Força Aérea Brasileira
Fonte: DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo